segunda-feira, 21 de setembro de 2009

As duas flores


São duas flores unidas,
São duas rosas nascidas
Talvez no mesmo arrebol,
Vivendo no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.

Unidas, bem como as penas
Das duas asas pequenas
De um passarinho do céu...
Como um casal de rolinhas,
Como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu.

Unidas, bem como os prantos,
Que em parelha descem tantos
Das profundezas do olhar...
Como o suspiro e o desgosto,
Como as covinhas do rosto,
Como as estrelas do mar.

Unidas... Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntar as rosas da vida
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor!

Castro Alves
Livro: Espumas Flutuantes

5 comentários:

Cris França disse...

Oi Ely, faça e depois venha me contar o resultado. bjs

Anônimo disse...

Ely,
já recitei tanto Castro Alves e vc acredita que minha filha tb gosta de poesia?
Vai participar de um sarau poético por esses dias. Não é de babar?!
Bjs.

Marlene Oliveira disse...

Ely,
muito me alegrou sua visita no meu blog. Vim retribuir, vi e gostei, este blog vai para o meu cantinho de favoritos.
Uma linda semana, tudo de bom!

Marlene Oliveira disse...

Olá! Indiquei seu blog para receber o selo ESTE BLOG TAMBÉM É CULTURA. Tantas poesias inspiradoras é cult. Então, pega lá no meu! Afetuosamente, Marlene.

Olga i Carles disse...

Hola Jime
Bonita flor y estupendo comentario.
Gracias por leer nuestro bloc.

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