CADA ÁRVORE É UM SER PARA SER EM NÓS
Cada árvore é um ser para ser em nós
Para ver uma árvore não basta vê-la
a árvore é uma lenta reverência
uma presença reminiscente
uma habitação perdida
e encontrada
À sombra de uma árvore
o tempo já não é o tempo
mas a magia de um instante que começa sem fim
a árvore apazigua-nos com a sua atmosfera de folhas
e de sombras interiores
nós habitamos a árvore com a nossa respiração
com a da árvore
com a árvore nós partilhamos o mundo com os deuses
Cada árvore é um ser para ser em nós
Para ver uma árvore não basta vê-la
a árvore é uma lenta reverência
uma presença reminiscente
uma habitação perdida
e encontrada
À sombra de uma árvore
o tempo já não é o tempo
mas a magia de um instante que começa sem fim
a árvore apazigua-nos com a sua atmosfera de folhas
e de sombras interiores
nós habitamos a árvore com a nossa respiração
com a da árvore
com a árvore nós partilhamos o mundo com os deuses
António Ramos Rosa
ÁRVORE É VIDA (NATUREZA)
Árvore, fonte de vida
Fonte de amor
Fonte de sobrevivência
Para aqueles que têm consciência
A árvore produz fruto para alimentar
Que jamais pode faltar
Aqui ou em qualquer lugar
Todos, dela, vão sempre precisar
A árvore é fonte de abrigo
Dela, somos todos amigos
É uma fonte alimentar
Que todos devem preservar
A árvore é fonte de ar
Que todos necessitamos para respirar
Devemos todos respeitar
Para que nunca possa faltar
É tão lindo ver o sol beijar a flor
Isso mostra que por ela o sol tem amor
E lhe dá muito valor
Pois seus frutos possuem sabor!
A árvore necessita da terra
Para sobreviver na atmosfera
O homem, sem ela, se desespera
E o planeta sem ela se degenera
São as árvores que nos dão sombra
Nos servem de casa quando não temos
É por isso que devemos a ela
Todo o nosso respeito e amor!
És minha amiga particular
Sempre quero junto dela ficar
Nunca sozinha vou te deixar
Pois, é minha irmã e sempre será!
Autora: (Reginaldo Francisco de Oliveira e Gilson João)
Árvore, fonte de vida
Fonte de amor
Fonte de sobrevivência
Para aqueles que têm consciência
A árvore produz fruto para alimentar
Que jamais pode faltar
Aqui ou em qualquer lugar
Todos, dela, vão sempre precisar
A árvore é fonte de abrigo
Dela, somos todos amigos
É uma fonte alimentar
Que todos devem preservar
A árvore é fonte de ar
Que todos necessitamos para respirar
Devemos todos respeitar
Para que nunca possa faltar
É tão lindo ver o sol beijar a flor
Isso mostra que por ela o sol tem amor
E lhe dá muito valor
Pois seus frutos possuem sabor!
A árvore necessita da terra
Para sobreviver na atmosfera
O homem, sem ela, se desespera
E o planeta sem ela se degenera
São as árvores que nos dão sombra
Nos servem de casa quando não temos
É por isso que devemos a ela
Todo o nosso respeito e amor!
És minha amiga particular
Sempre quero junto dela ficar
Nunca sozinha vou te deixar
Pois, é minha irmã e sempre será!
Autora: (Reginaldo Francisco de Oliveira e Gilson João)
ÁRVORE RUMOROSA
Árvore rumorosa pedestal da sombra
sinal de intimidade decrescente
que a primavera veste pontualmente
e os olhos do poema de repente deslumbra
Receptáculo anónimo do espanto
capaz de encher aquele que direito à morte passe
no ar da manhã inconsequente traça
e rasto desprendido do seu canto
Não há inverno rigoroso que te impeça
de rematar esse trabalho que começa
na primeira folha que nos braços te desponta
Explodiste de vida e és serenidade
e imprimes no coração mais fundo da cidade
a marca do princípio a que tudo remonta
Ruy Belo
Árvore rumorosa pedestal da sombra
sinal de intimidade decrescente
que a primavera veste pontualmente
e os olhos do poema de repente deslumbra
Receptáculo anónimo do espanto
capaz de encher aquele que direito à morte passe
no ar da manhã inconsequente traça
e rasto desprendido do seu canto
Não há inverno rigoroso que te impeça
de rematar esse trabalho que começa
na primeira folha que nos braços te desponta
Explodiste de vida e és serenidade
e imprimes no coração mais fundo da cidade
a marca do princípio a que tudo remonta
Ruy Belo
ÁRVORES
Parece-me que nunca ninguém há-de
Ver poema tão belo como a árvore.
Árvore que sua boca não desferra.
Do seio doce e liberal da terra.
Árvore, sempre de Deus a ver imagem
E erguendo em reza os braços de folhagem.
Árvore que pode usar, como capelo,
Ninhos de papo-ruivo no cabelo;
Em cujo peito a neve esteve assente;
Que vive com a chuva intimamente.
Os tontos, como eu, fazem poesia;
Uma árvore, só Deus é que a faria.
Joyce Kilmer
Árvore, cujo pomo, belo e brando,
natureza de leite e sangue pinta,
onde a pureza, de vergonha tinta,
está virgíneas faces imitando;
nunca da ira e do vento, que arrancando
os troncos vão, o teu injúria sinta;
nem por malícia de ar te seja extinta
a cor, que está teu fruito debuxando.
Que pois me emprestas doce e idóneo abrigo
a meu contentamento, e favoreces
com teu suave cheiro minha glória,
se não te celebrar como mereces,
cantando-te, sequer farei contigo
doce, nos casos tristes, a memória.
Luís Vaz de Camões
As árvores crescem sós. E a sós florescem.
Começam por ser nada. Pouco a pouco
se levantam do chão, se alteiam palmo a palmo.
Crescendo deitam ramos, e os ramos outros ramos,
e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.
Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as flores,
e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,
e os frutos dão sementes,
e as sementes preparam novas árvores.
E tudo sempre a sós, a sós consigo mesmas.
Sem verem, sem ouvirem, sem falarem.
Sós.
De dia e de noite.
Sempre sós.
Os animais são outra coisa.
Contactam-se, penetram-se, trespassam-se,
fazem amor e ódio, e vão à vida
como se nada fosse.
As árvores, não.
Solitárias, as árvores,
exauram terra e sol silenciosamente.
Não pensam, não suspiram, não se queixam.
Estendem os braços como se implorassem;
com o vento soltam ais como se suspirassem;
e gemem, mas a queixa não é sua.
Sós, sempre sós.
Nas planícies, nos montes, nas florestas,
A crescer e a florir sem consciência.
Virtude vegetal viver a sós
E entretanto dar flores.
Começam por ser nada. Pouco a pouco
se levantam do chão, se alteiam palmo a palmo.
Crescendo deitam ramos, e os ramos outros ramos,
e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.
Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as flores,
e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,
e os frutos dão sementes,
e as sementes preparam novas árvores.
E tudo sempre a sós, a sós consigo mesmas.
Sem verem, sem ouvirem, sem falarem.
Sós.
De dia e de noite.
Sempre sós.
Os animais são outra coisa.
Contactam-se, penetram-se, trespassam-se,
fazem amor e ódio, e vão à vida
como se nada fosse.
As árvores, não.
Solitárias, as árvores,
exauram terra e sol silenciosamente.
Não pensam, não suspiram, não se queixam.
Estendem os braços como se implorassem;
com o vento soltam ais como se suspirassem;
e gemem, mas a queixa não é sua.
Sós, sempre sós.
Nas planícies, nos montes, nas florestas,
A crescer e a florir sem consciência.
Virtude vegetal viver a sós
E entretanto dar flores.
António Gedeão
(Obra Poética, Lisboa, edições JSC, 2001)
2 comentários:
Adorei sua homenagem, Parabéns
Gosto muito do seu blog!!
Hola!
Preciosos arboles. Una gran majestuosidad.
Un abrazo.
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