quinta-feira, 14 de maio de 2009

As “mulheres-girafa” da Tailândia


Elas têm algumas outras características distintas que somente o pescoço, usam aros nos pulsos e tornozelos, afinando esses membros também. Baixinhas, geralmente, têm apenas alguns dentes e os exibem em gengivas avermelhadas pelo bétele - planta cujas folhas são mascadas. Só no pescoço, elas chegam a carregar mais de 10 quilos de aros e junto com os anéis dos braços e tornozelos, o peso pode superar os 20 quilos.

Ao contrário da imaginação, criada pelo folclore, a cabeça dessas mulheres não cai quando os colares são retirados, tanto que elas costumam tirar o colar para se lavar; o pescoço continua rijo e pode quebrar-se se for virado subitamente.
Segundo estudiosos da Universidade de Chiang Mai, na Tailândia, não é o pescoço que cresce, mas os ombros que descem – a clavícula vai cedendo com o peso dos aros. Dessa maneira, quatro vértebras torácicas passam a integrar a estrutura do pescoço.
Detalhe: elas são chamadas de mulheres-girafas não só pelo tamanho do pescoço, mas também pelo andar característico, extremamente altivo, provocado pelo uso e pelo peso do colar.


De origem Africana, ainda que em menor número hoje em dia, a explicação desse hábito na Ásia tem várias interpretações lendárias:

- O colar espantaria forças sobrenaturais para as quais os birmaneses animistas (que cultuam a natureza) e até mesmo budistas constroem altares embaixo de grandes árvores;
- O colar teria sido uma punição para as mulheres adúlteras de antigamente;
- Os homens teriam feito isso com suas mulheres para torná-las feias, evitando que fossem raptadas ou, ao contrário, ornamentavam-nas dessa maneira para mostrar sua riqueza e se fazer respeitar;
- Uma proteção para as camponesas contra os tigres que as atacavam na garganta para beber seu sangue quando trabalhavam nos campos;
- Uma das explicações é que, para os padaungs (principal tribo de mulheres girafas), o centro da alma é o pescoço. Assim, para proteger a alma e a identidade da tribo, as mulheres protegem o pescoço com aros, entre cinco e 25, cada qual com 8,5 milímetros de diâmetro, antigamente de ouro e, hoje, de cobre ou latão.
http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=1607&catid=8

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