sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Uma leitura interessante para refletir…


Palavras de Qohélet, filho de David, rei em Jerusalém.
“Ilusão das ilusões – disse Qohélet – ilusão das ilusões: tudo é ilusão.
Que proveito pode tirar o homem de todo o esforço que faz debaixo do Sol?
Uma geração passa, outra vem; e a terra permanece sempre.
O Sol nasce e o Sol põe-se e visa o ponto donde volta a despontar.
O vento vai em direcção ao sul, depois ruma ao norte;
e gira, torna a girar e passa,
e recomeça as suas idas e vindas.
Todos os rios correm para o mar, e o mar não se enche.
Para onde sempre correram, continuam os rios a correr.
Todas as palavras estão gastas, o homem não consegue já dizê-las.
A vista não se sacia com o que vê, nem o ouvido se contenta com o que ouve.
Aquilo que foi é aquilo que será;
aquilo que foi feito, há-de voltar a fazer-se:
e nada há de novo debaixo do Sol!
Se de alguma coisa alguém diz: «Eis aí algo de novo!»,
ela já existia nas eras que nos precederam.
Não há memória das coisas antigas;
e também não haverá memória do que há-de suceder depois;
nem ficará disso memória entre aqueles que hão-de vir mais tarde.”

do prologo dos Eclesiastes, Liturgia da Eucaristia do dia de hoje…


Ilusão da ciência - Eu, Qohélet, fui rei de Israel, em Jerusalém, apliquei o meu espírito a estudar e a explorar, pela sabedoria, todas as coisas que sucedem debaixo do céu. É uma tarefa ingrata que Deus deu aos homens e os oprime.
Vi tudo o que se faz debaixo do Sol e achei que tudo é ilusão e correr atrás do vento.
O que é torto não se pode endireitar e o que é falho não se pode completar.
Disse no meu coração: «Eu reuni e acumulei em sabedoria mais do que todos os que, antes de mim, governaram Jerusalém, e o meu coração penetrou muito profundamente na sabedoria e no conhecimento.»
Apliquei, igualmente, o meu coração a conhecer a sabedoria, a loucura e a insensatez; e reconheci que também isto é correr atrás do vento. Porque na muita sabedoria há muita arrelia, e o que aumenta o conhecimento, aumenta o sofrimento.

Fonte: paroquias.org

2 comentários:

Silvia disse...

Isso e a tal Filosofia do Estoicismo, se me lembro dos meus tempos de escola. Nao gosto nada. E a Filosofia do "nao lutes por nada que nada vale a pena!" Eu sou muito pelo contrario. Apesar de levar pontape e desilusao, continuo a lutar!

Jorge disse...

Como será o pensamento deste Espírito hoje?
Triste foi na sua época, onde tudo viu com tristeza.

Cultura sempre é muito bom e como já se dizia, ler tudo e reter o que é bom.

Valeu!
Beijo e um ótimo fim de semana!

Jorge

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