segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Uma Mente Clara


A verdadeira natureza é pura e profunda
Como a água clara e calma.
Se batida com o ódio ou o amor,
Surgem ondas de irritação.
Surgindo sem cessar,
A própria natureza torna-se turva.
Irritação e ignorância
Sempre aumentam inconscientemente.

O "eu" agarrando um "outro"
É como a lama entrando na água.
O "eu" movido por um "outro"
É como jogar gordura no fogo.
Enquanto o reino externo for o caos, o "eu" será verdadeiro.
Enquanto o caos for tomado por real, o "eu" nascerá.
Se o "eu" não nascer,
As irritações, queimando por éons, transformam-se em gelo.

Assim, os perfeitos
Primeiro esvaziam a mácula do "eu".
Quando a mácula do "eu" for esvaziada,
Como o reino externo poderia ser uma obstrução?
A capacidade de se recuperar é a função
Do "eu" esquecido.
Assim que idiossincrasias aparecerem,
Você as reconhecerá imediatamente.

O objetivo do reconhecimento é a iluminação.
No instante em que um pensamento retornar ao brilho,
Todos os rastros serão limpados.
Esse momento é refrescante.
Refrescante, brilhante,
Inigualável, independente,
Tranqüilo, harmonioso,
Nada pode igualá-lo.

Kuan-hsin-ming por por Han-shan Te-ch'ing (1546-1623)
(Adaptado de Sheng-yen, The poetry of enlightenment: Poems by ancient
Ch'an masters. Elmhurst: Dharma Drum Publications, 1987. Pág. 99-100.)

Fonte: dharmanet

Um comentário:

Magia da Inês disse...

Olá, amigo!
Gostei do poema... é introspectivo e filosófico... faz pensar...
Boa semana!
Bjs
Itabira

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