Em tempos de um novo modelo de comportamento da instituição família. Em tempos em que saem em busca de ganhar dinheiro, pai, mãe, avó, avô e todos mais que da família fazem parte. Em tempos em que consumir bens materiais é o que mais importa; em que fazer “shopping” e consolidar patrimônio se faz muito mais presente do que qualquer outra coisa; pensemos na criança que ainda não está pronta para essa fase de transição, para esse novo modelo de família e que ainda vive um outro desejo, revendo uma história que talvez você já conheça, mas que vale a pena relembrar.
Um menino, com voz tímida e os olhos cheios de admiração, pergunta ao pai, quando este retorna do trabalho:
- Pai, quanto você ganha por hora?
O pai, num gesto severo responde: - Escuta aqui meu filho; isto nem sua mãe sabe. Não amole, estou cansado!
Mas, o filho insiste: - Mas pai, por favor, me diz, quanto você ganha por hora no seu trabalho?
A reação do pai foi menos severa e ele respondeu: -Três reais por hora.
- Então, você poderia me emprestar um real?
O pai, cheio de ira e tratando o filho com brutalidade, respondeu: - Então essa era a razão de querer saber quanto eu ganho?
Vá dormir e não me amole mais.
Já era noite quando o pai começou a pensar no que havia acontecido e sentiu-se culpado. Talvez, quem sabe, o filho precisasse comprar algo! Querendo descarregar sua consciência doida, foi até o quarto do menino e, em voz baixa, perguntou:
-Filho. Está dormindo?
-Não, pai. O garoto respondeu sonolento.
-Olha. Aqui está o dinheiro que me pediu: Um real. Disse o pai. -
-Obrigado papai! Disse o menino, levantando-se e retirando mais dois reais de uma caixinha que estava sob a cama. Agora já completei, papai! Tenho três reais. Você poderia me vender uma hora de seu tempo?
Postado por Tania Melo – JB Online
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