segunda-feira, 15 de junho de 2009

História do Sexo e da sexualidade


A história do sexo e da sexualidade humana se confunde, ou melhor, está diretamente ligada a história da evolução do homem. Por exemplo, acredita-se que o homem (neandhertal) adquiriu o hábito cobrir o corpo (vestimentas), primeiramente para se proteger do frio, do sol, e do ataque de animais e de outros homens, há cerca de cem mil anos. Parece que havia uma maior preocupação em cobrir os genitais masculinos, já que eles ficavam expostos a lesões que poderiam atrapalhar a reprodução.

O sexo era parte importante na vida dos antigos. Nem sempre os órgãos sexuais eram considerados obscenos, mal sendo cobertos em alguns países. As decorações das cerâmicas cretense, fenícia, minóica e grega, que são o retrato dos costumes daqueles povos. Essas decorações, retratam os fatos da vida cotidiana repletos de motivos sexuais, onde homens e mulheres, ninfas e sátiros, se divertem brincando, dançando, tomando banho e tendo relações sexuais, em cenas registradas por artistas. A nudez era exaltada pelos gregos; havia uma tendência ao bissexualismo. Já os romanos, não eram tão adeptos da nudez, no entanto, suas festas bacanais, tão famosas, tiveram que ser proibidas por terem se tornado violentas e obscenas. Isso aconteceu por volta do início da era cristã, onde, em Roma, já havia uma forte tendência para os preconceitos sexuais, considerando quase tudo pecado. Ainda assim, a prostituição, cujas mulheres originavam-se de todas as camadas sociais, era a instituição florescente.

Em relação às vestimentas, o mesmo era verificado. Os egípcios usavam, por causa das altas temperaturas, o mínimo de roupas; as mulheres da região usavam um véu de linho muito fino, as escravas vestiam colares e os criados domésticos, uma pequena tanga do mesmo véu de suas patroas.

Antes da idade média, a virgindade era pouca valorizada. Acredita-se que ela começou a ganhar importância, entre os séculos IV a XV, quando os membros das classes ricas, passaram a atribuir-lhe valor de troca comercial e econômico; assim, quando os homens começaram a pagar dotes e a exigir a integridade da “mercadoria”, a virgindade começou a ganhar importância e a ser sinônimo de status em todas as camadas da sociedade.

As religiões também tiveram, e sejamos justos, ainda têm um importante papel na formação do comportamento do ser humano, principalmente sexual. A idéia de pecado, passada ao longo das gerações, é extremamente aversiva. Assim, questões como o adultério, o homossexualismo, a masturbação, a virgindade, a castidade, a poligamia (permitida em algumas religiões), o casamento, o divórcio também sofreram algumas modificações com o passar dos tempos, e ainda são assuntos que causam grande controvérsia.

Assim, os costumes dos vários povos, dos mais primitivos aos mais civilizados, influenciados por suas correntes filosóficas, foram decisivos para o estabelecimento de normas de conduta para o comportamento humano. É por isso que se costuma dizer que todo o comportamento, inclusive o comportamento sexual, é o resultado dos fatores culturais, religiosos, políticos, econômicos, étnicos, sensoriais, regionais, climáticos e de sobrevivência de uma época.

Fonte de Pesquisa: História do Sexo e da Sexualidade

Luiza de Marillac. Autora é formada em Jornalismo e Letras. Escreve contos, crônicas, poesias e é tradutora intérprete Língua Inglesa-Língua Portuguesa. Possui alguns livros publicados, sendo que o mais prestigiado chama-se Mutação. Professora e assessora de comunicação.

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