O Amor se prende à terra, onde repousa,
com outeiros e braços ao redor
e muros que o protegem do temor. –
Mas o Pensar prescinde dessas coisas,
pois dispõe de um par de asas corajosas.
Por neves, turfa, areias, vê a gente
que em tudo deixa o Amor seu fundo traço:
cingindo o mundo num estreito abraço,
e é sempre assim e assim vive contente.
Mas o Pensar se livra da corrente.
O Pensar corre a noite constelada
e na distante Sírius se assenta,
até que o dia lúcido o afugenta.
Com a bela plumagem chamuscada,
retorna à Terra firme, costumada.
O que ganha no céu tem seu lugar.
Mas dizem uns que o Amor, mesmo enleado,
sem se mover, domínio tem firmado
de cada coisa bela que o Pensar
vai longe – noutra estrela – procurar.
Robert Frost ((tradução de Renato Suttana)
com outeiros e braços ao redor
e muros que o protegem do temor. –
Mas o Pensar prescinde dessas coisas,
pois dispõe de um par de asas corajosas.
Por neves, turfa, areias, vê a gente
que em tudo deixa o Amor seu fundo traço:
cingindo o mundo num estreito abraço,
e é sempre assim e assim vive contente.
Mas o Pensar se livra da corrente.
O Pensar corre a noite constelada
e na distante Sírius se assenta,
até que o dia lúcido o afugenta.
Com a bela plumagem chamuscada,
retorna à Terra firme, costumada.
O que ganha no céu tem seu lugar.
Mas dizem uns que o Amor, mesmo enleado,
sem se mover, domínio tem firmado
de cada coisa bela que o Pensar
vai longe – noutra estrela – procurar.
Robert Frost ((tradução de Renato Suttana)
Veja biografia Robert Frost: wikipedia
Nenhum comentário:
Postar um comentário