domingo, 16 de maio de 2010

As balizas do tempo


O tempo que há de vir não te pertence
E sobre o que passou já não tens mando.
Não podes decidir o fator quando,
Deixa que a vida guarde o seu suspense.

Homens sensatos geralmente abstêm-se
De assaltar o futuro, profanando-o,
Ou andar no passado (como eu ando!),
Pois as fímbrias do tempo ninguém vence.

As idades e as eras não têm donos,
São os deuses que as guiam, é deus Cronos
Que pune quem transpõe os seus umbrais.

Ele vai te abençoar a cada dia
Contanto que tu vivas, todavia,
O ciclo pré-traçado dos mortais.

Solange Rech

Fonte: trilhasliterarias

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