quarta-feira, 13 de abril de 2011

O Rio Amazonas

Foz do Amazonas no arquipélago do Bailique, na Ilha do Marajó. Foto: Celso Júnior/AE

Nos mais remotos povoados do sul do Peru, os quéchuas, descendentes dos incas, costumam se referir ao Amazonas como o “deus que fala”, por causa do estrondo de suas águas nos cânions e despenhadeiros. O rio que nasce na Cordilheira dos Andes e deságua no Golfão do Marajó, que abrange os litorais do Amapá e Pará, tem o maior curso em volume e extensão do mundo e representa 16% da reserva de água doce do planeta.

No Dia Mundial da Água, o “Estado” publica o relato da expedição realizada pelo repórter Leonencio Nossa e pelo repórter fotográfico Celso Junior da nascente à foz do Amazonas – material reunido no livro “O Rio”, que será lançado pela Editora Record em abril. Em oito viagens, eles percorreram 10 mil quilômetros a pé, a cavalo, de balsa e em barcos a remo e a motor para fazer um perfil do Amazonas e registrar a vida nos povoados e cidades às suas margens. O rio tem 7 mil quilômetros, mas a equipe repetiu trechos e incluiu no percurso lagos e afluentes que ajudam a entender a dinâmica e a complexidade da formação do Amazonas e de sua bacia, de 6,8 milhões de quilômetros quadrados.

A tradicional imagem do curso barrento que serpenteia o verde da floresta é apenas um retrato de um rio de muitas faces. Ele nasce cristalino nos Andes, desce azul pelo deserto marrom do altiplano, fica verde nos precipícios do início da selva, ganha a tonalidade amarelada ainda na mata peruana e corta a Amazônia como um imenso tapete da cor de chocolate. É um gigante que desafia a ciência. Em tempos de Google Earth, o Amazonas tem trechos ignorados até nos mapas dos governos e Exércitos do Peru, da Colômbia e do Brasil, países banhados por suas águas.

Texto: Leonencio Nossa
Fotos: Celso Junior

Lhamas na frente do Nevado Mismi. Foto: Celso Júnior/AE

As primeiras águas do rio escorrem por entre as pedras do Nevado Mismi, na Cordilheira dos Andes (Peru). Foto: Celso Júnior/AE

As primeiras águas do rio escorrem por entre as pedras do Nevado Mismi, na Cordilheira dos Andes (Peru). Foto: Celso Júnior/AE

Cordilheira dos Andes (Peru), na região do Mismi, caminho para a nascente do rio. Nevado Mismi iluminado pelo sol do final de tarde. Foto: Celso Júnior/AE

Mismi, caminho para a nascente do rio. Foto: Celso Júnior/AE

Entardecer na região do Coari/AM. Foto: Celso Júnior/AE

Rio do Alto Ucayali, Peru. Foto: Celso Júnior/AE

Rio do Alto Ucayali, Peru. Foto: Celso Júnior/AE

Arara vermelha na região de Pucallpa na selva peruana. Foto: Celso Júnior/AE

Rio do Alto Ucayali, Peru. Foto: Celso Júnior/AE

Barqueiro carrega bananas no Canal de San Jose, um pequeno braço do rio Amazonas, em Leticia na Colômbia. Foto: Celso Júnior/AE

Porto na beira do rio Amazonas em Macapá/ AP. Foto: Celso Júnior/AE

Porto de Pucallpa na selva peruana. Foto: Celso Júnior/AE

Passageiros no barco Recreio durante a navegação no Amazonas entre as cidades de Manaus e Parintins/AM. Foto: Celso Júnior/AE

Rio Amazonas – região de Alenquer (PA). Foto: Celso Júnior/AE

Vitoria Regia em águas do Amazonas na região de Parintins (PA). Foto: Celso Júnior/AE

Altiplano Peruano, Tres Canones, Espinar. Foto: Celso Júnior/AE

Revoada de garças no Baixo Amazonas no estado do Pará. Foto: Celso Júnior/AE

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