Vejo-as
e são muitas
O
vento as jogou no chão
Já
anunciam o outono
Agora
a nova estação
São
de vários tamanhos
De
tons diversos de marrom
Algumas
quase já em decomposição
Mas
todas me chamam a atenção
Antes,
eram verdes e bonitas
De
uma diversidade de tons
Sinônimo
de vida e beleza
e
com determinada função
Suas
vidas são efêmeras
Tais
quais algumas vidas
Mas
cada qual no seu tempo
Cada
ciclo viverão
Agora,
vejo-as tristes
Todas
espalhadas pelo chão
Ninguém
ainda as juntou
Acham
que serventia não têm não
Mas
aos olhos de alguém
Significativas
serão pois
O
poeta as vê com sensibilidade
E
as retrata com emoção
O
pintor as vê e as coloca
Singelas
e lindas numa tela
Ou
esboça um simples desenho
Mas
as vê com o coração
O
artista plástico as vê
Com
os olhos de criação
Elaborando
cada detalhe
Que
realça sua obra então
E
quando achamos então
Que
para mais nada servem
Basta
colocá-las na terra
E
bom adubo serão
E
a missão continua
Vão
ajudar a gerar novas vidas
Novas
plantas as quais belas
Majestosas
e úteis serão
Enfeitarão
as ruas da cidade
Serão
habitat dos pássaros
Os
quais alegrarão o ambiente
Cada
um com seu canto
Sombra
e abrigo serão
E
alimentos também
Para
alguns animais
Até
para os homens
Agora
estas folhas secas
Deixam-nos
uma grande lição
A
de que a seu tempo cada um
Temos
a nossa missão!
de
Maria Alice Oliveira
Belo Horizonte - MG -
Fonte: pucrs.br/mj/poema-cordel
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