sábado, 15 de maio de 2010

O Novo


Acordar é enxergar o novo.
É aceitá-lo, mesmo que ele seja incerto.
Lembrar do velho com gratidão,
lutando pelo novo com paixão.
É destruir barreiras e criar pontes.
Mergulhar no azul do mar
e vê-lo verde ao acordar.

É olhar para o céu, vislumbrar o futuro
e perceber o quanto ainda se deve trilhar.
É ouvir as cigarras e querer cantar.
Ver os peixes e querer nadar.
E, acima de tudo, ver os pássaros e querer voar.

O presente nada seria sem o passado.
Este não mais existiria sem a memória.
Para vê-lo, é preciso recordar.
Para antever o futuro, imaginar.
E, mais que tudo isso, é necessário criar.

A vida é feita de muito.
O muito é feito de alguns.
Alguns vêm e vão logo.
Outros ficam e nos ajudam a caminhar.
Alguns, às vezes, nos magoam.
Mas, outras vezes, são eles que nos perdoam.

Enfim, a vida é um muito de tudo:
Esperança, desilusão, solidão e paixão.
Fortuna é poder ver o que muitos não podem.
Poder criar o que muitos não criam.
É saber trilhar, quando muitos se perdem
por não saberem amar.

Adriana Silva Araújo
* * *
Adriana Silva Araújo - (Belo Horisonte-MG)- desde muito cedo interessou-se pela literatura, especialmente poesia. Leu autores infantis como Cecília Meireles, Maria Clara Machado e Monteiro Lobato, venceu o concurso literário VASP de Redação, tem como autores preferidos Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Moraes, Cláudio Manoel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Fernando Pessoa. Como obras, o “Soneto da Inconfidência”, de Cláudio Manoel da Costa e o “Soneto de Fidelidade”, de Vinícius de Moraes. Guarda também, um trecho de um poeta maior: Para ser grande, sê inteiro, nada de ti exagera ou exclui.” (Fernando Pessoa).

Fonte:
clubedeletras

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